Histórico
SURVIVAL CACHING
Início: 27/02/2012
SURVIVAL CACHING – Versão Família
Em jeito de introdução.
Depois de um projeto-piloto ou teste, com jovens/adultos,  ao qual se deu o nome de Survival Caching (ver em Anexo I, a síntese orientadora  do mesmo) a Associação dos Amigos de Vila Nova, do Baixo Barroso, reformula  e adapta o guião para uma segunda experiência – Versão Família - em parceria com as associações Bullire (Vila Verde), Cultural e Recreativa de Dume (Braga), Aventura da Saúde (Braga) e Restauradores da Granja (Fafe), e apoiado pela freguesia de Vila Nova e pela Câmara Municipal de Montalegre.
Considere as suas diferentes partes (8, símbolo da universalidade) e depois, avalie o interesse do mesmo. Se entender, com a sua família façam parte deste Desafio Plural ou Aventura Total.
1)     Enquadramento teórico;                     2)     Objetivos;
3)     Pedagogia;                                       4)     Metodologias;
5)     Atividades;                                       6)     Recursos;
7)     Calendário;                                       8)     Avaliação.
Desenvolvimento
1)     Enquadramento teórico.
São aspetos deste primeiro ponto os seguintes: necessidades, conceitos e desafios.
As necessidades são de ordem educativa (valores), formativa (competências ou saberes) e animada (relações), que resultam de vários estudos, sendo o de Richard Louv, o principal e por isso disponível em Anexo II para apreensão de pormenores.Os conceitos servem as necessidades. Nestes temos as palavras-chave presentes no título: caching, survival e família.
Caching, ligado ao geo ou earth caching (Geocaching é um passatempo e desporto de ar livre no qual se utiliza um receptor de navegação por satélite (por enquanto apenas Sistema de Posicionamento Global - GPS) para encontrar uma "geocache" (ou simplesmente "cache") colocada em qualquer local do mundo.” (ler mais em Anexo III)Survival, parente de bushcraft, que nos levam para o ar livre, num contacto intenso com a natureza.
O bushcraft é uma actividade cuja tradução mais livre para o português seria "artes do mato". Engloba todo um conjunto de técnicas e capacidades de sobrevivência, adaptação e acção sobre o meio natural que já fizeram parte do passado e tradição humana em várias culturas mas tem vindo a cair no esquecimento da população em geral, quer por falta da sua prática, quer por serem consideradas por alguns como ultrapassadas e desnecessárias
A família, no seu sentido mais abrangente, desde a biológica (nuclear, monoparental, alargada, reconstruída…) até à “espiritual” (comunhão de ideias e práticas como o Bem Comum ou Cósmico, Bom Senso e Consenso).
Os desafios são como os filhos da união necessidade-conceito. Em jeito de “faz de conta” (situações simuladas), serão progressivos, sempre propostos, personalizados e vividos, quando livremente aceites.
2)     Objetivos:
No que respeita aos objetivos temos os gerais e os específicos. Os gerais são os seguintes:
1)     Contribuir para um maior conhecimento e realização do Ser Humano;
2)     Contribuir para a sensibilização para o estudo do Livro da Natureza;
3)     Contribuir para (Re)conetar o Ser Humano à Natureza
Quanto aos objetivos específicos serão “fios” a puxar pelos participantes desta formação-ação, ao longo do projeto, e sempre decorrentes ou em consonância com os três gerais.
3)     Pedagogia
Numa dinâmica de pequenos grupos e maieuticamente, a do aprender-fazendo; fazer bem cabeças em vez de encher bem cabeças; os mais velhos/experientes, sempre na retaguarda, deixando que os mais novos ou menos experientes cresçam, de dentro para fora, a partir da sua individualidade: capacidade de pensar, decidir e agir e não meros refletores do pensamento, decisão ou acção de outros, obviamente tendo sempre em consideração e respeito por outras sensibilidades, experiências e pontos de vista ou valores).
4)     Metodologias
As mais diversas: simulações, aventuras, jogos, representações (secktches, marionetes/fantoches) debates, textos, apresentações, experiências, canções, danças…
5)     Atividades
Em contextos de indoor (recintos fechados) e outdoor (ar livre), muito diversificadas. Exemplos: construir um abrigo, purificar água, identificar, colher e consumir uma planta comestível ou um fruto silvestre . Cada nível, em cada estação, terá o seu programa com os objetivos específicos e os materiais e atividades para os alcançar.
6)     Recursos
Humanos (promotor, parceiros,famílias- destas, cada, com o máximo de 5 pessoas (dos 8 aos 80 anos)+1 elemento da associação parceira-animadores voluntários), naturais (campo, vale, montanha, aldeia, vila, cidade),  materiais (os mais diversos) e financeiros (comparticipações: 7 euros/pessoa sendo 3 euros para o seguro e 4 euros para a inscrição; e apoios).
7)     Calendário
São quatro fins de semana nas seguintes datas: primavera (31/março e 1/abril; verão (30/06/ e 1 de julho);  outono (29 e 30 de setembro);  inverno (15 e 16/Dezembro); 
8)     Avaliação
Será auto e hétero; contínua, modular e final.
Concluindo
Sim concluindo mas deixando “a porta aberta”. No final, os mais diferentes atores desta formação-ação deverão estar fortemente sensibilizados e, potencialmente, aptos para aventuras de sobrevivência desportiva  e ambiental, acidentes, catástrofes…
ANEXOS:
ANEXO I
Para além do tal “guião” do Survival Caching, disponibilizam-se links da AS sobre imagens dos seus quatro níveis:
Guião:
SURVIVAL CACHING
1.     Objectivo:
O Survival Caching tem como objectivo geral o desenvolvimento de competências no sentido de responder a situações de carência, simulada ou real, como por exemplo:
 . Falta de água;                   . Falta de alimentos;
 . Falta de abrigo;                 . Resolução de conflitos;
 . Relações interpessoais;     . Espírito de equipa;
Utilizando…
… a pedagogia do aprender fazendo;
… a estratégia da Aventura/jogo;
… os valores – Ambiente, Homem, Saúde.
2.     Destinatários:
- Dirigentes juvenis de preferência, com idades a partir dos 18 anos.
3.     Estrutura do programa
- A actividade terá 4 sessões ou níveis, uma em cada estação do ano, desde 6ª feira à noite até domingo após o almoço:
. 1ª Sessão – 25, 26 e 27/03/2011;
. 2ª Sessão – 24, 25 e 26/06/2011;
. 3ª Sessão – 23, 24 e 25/09/201;
. 4ª Sessão – 16, 17 e 18/12/2011(Realizado em 27 a 29(0/2012);.
Todas as sessões terão como local de concentração o Clube do Pessoal da EDP – Vila Nova.
4.     Inscrições:
- Na inscrição deve constar o nome, idade, associação…;
- O valor da inscrição será de 10 €/nível(level) destinados a custear a despesa com seguro, algo de alimentação e equipamento diverso;
- Deverão ser efectuadas através do e-mail [email protected]
Ou pelo telemóvel 939967842;
- Serão limitadas no mínimo 10 e máximo 20 elementos;
- Como forma de se cumprir o objectivo do programa (4 níveis/level) as inscrições só serão validadas desde que os interessados participem nos mesmos;
- No final do programa será emitido um certificado por participante;
Data limite de inscrição: 10/02011;
5.     Material necessário:
- Mapa com indicação do material necessário para o desenvolvimento de cada nível/level – individual ou colectivo.
 Links:
ANEXO II  
A Transtorno da falta de contato com a natureza  (Nature Deficit Disorder)
É um termo criado pelo escritor e jornalista norte-americano Richard Louv em seu livro de 2005, Last Child in the Woods (Tradução: A Última Criança nas Florestas). Refere-se à alegada tendência de as crianças terem cada vez menos contato com a natureza, resultando em uma ampla gama de problemas de comportamento. Esta doença não é ainda reconhecida em qualquer um dos manuais de medicina de transtornos mentais, como o CID-10 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde) ou o DSM-IV (Manual de Diagnósticos e Estatísticas de Transtornos Mentais) nem é parte da proposta de revisão deste manual
Louv alega que as causas para o fenômeno incluem o medo dos pais, acesso restrito às áreas naturais, e da atração pela TV ou computador. A pesquisa recente tem gerado um contraste maior entre a diminuição do número de visitas aos Parques Nacionais nos Estados Unidos e aumento do consumo de meios eletrônicos por crianças.
Richard Louv passou 10 anos viajando pelos EUA entrevistando e conversando com pais e filhos, tanto em áreas rurais e urbanas, sobre suas experiências na natureza. Ele argumenta que a cobertura da mídia sensacionalista e os pais paranóicos têm assustado as crianças de freqüentarem áreas naturais (matas, campos...), enquanto promove uma litigiosa cultura do medo que favorece a prática de esportes seguros com regras ao invés de brincadeiras criativas.
Ao reconhecer essas tendências, algumas pessoas argumentam que os seres humanos têm um gosto instintivo para a natureza, a hipótese da biofilia, e adotam certas medidas para passar mais tempo ao ar livre, por exemplo, em educação ao ar livre, ou através do envio de crianças a jardins da infância (Forest Kindergarden) ou escolas (Forest Schools) na floresta, que são escolas especiais criadas nos Estados Unidos e países da Europa, onde as crianças ou estudantes brincam e aprendem do meio de uma mata preservada ou bosque utilizando os elementos que encontram na nestes ambientes. Talvez seja uma coincidência que os adeptos do movimento Slow Parenting (pais sem pressa)* enviam suas crianças para educação em ambientes naturais, ao invés de mantê-los dentro de casa, como parte de um estilo livre de educar os filhos
*O movimento Slow Parenting (pais sem pressa) defende que “menos é mais”: menos coisas, menos actividades, menos pressa, menos pressão, menos expectativas. Mais tempo para crescer fará as crianças mais felizes. É um estilo de educação dos pais em que poucas atividades são organizadas para as crianças. Em vez disso, elas são autorizadas a explorar o mundo ao seu próprio ritmo. O movimento Slow Parenting tem o objetivo de permitir que as crianças sejam felizes e fiquem satisfeitas com suas próprias realizações, mesmo que isto não pode torná-las mais ricas ou mais famosas. Os pais das crianças de hoje são frequentemente encorajados a repassar o melhor possível de suas experiências de infância, para garantir a estas crianças o sucesso e felicidade na vida adulta.
A natureza não é apenas para ser encontrado em parques nacionais. O capítulo "Jardim do Eden em um terreno baldio", de Robert M. Pyle (página 305) enfatiza a possibilidade de exploração e fascínio em pequenas áreas que podem ser lotes desocupados de terrenos com vegetação nativa, e se alegra com as 30.000 lotes sem construção em Detroit, que surgem devido à decadência no centro da cidade.
Causas
• Os pais estão mantendo as crianças dentro de casa, a fim de mantê-los a salvo de perigo. Richard Louv acredita que podemos estar protegendo exageradamente as crianças de tal forma que se tornou um problema e prejudica a capacidade da criança de manter contato com a natureza. O crescente temor dos pais de "perigo desconhecido", que é fortemente alimentada pelos meios de comunicação mantém as crianças dentro de casa e no computador ao invés de explorar ao ar livre. Louv acredita que esta pode ser a causa principal de transtorno da falta de contato com a natureza, uma vez que os pais têm um forte controle e influência sobre a vida de seus filhos.
• Perda de paisagem natural no bairro ou cidade de uma criança. Muitos parques e reservas naturais têm acesso restrito e placas de advertência "não ande fora da trilha". Ambientalistas e educadores ainda adicionam a restrição ao dizerem às crianças "olhe, mas não toque". Enquanto eles estão protegendo o ambiente natural, Louv questiona o custo dessa proteção na relação as nossas crianças com a natureza
• Aumento de atrativos para passar mais tempo dentro de casa. Com o advento do computador, videogames e televisão as crianças têm mais e mais motivos para ficar dentro de casa, "A criança norte-americana gasta em média gasta 44 horas por semana com mídias eletrônicas"
Efeitos
• As crianças têm limitado respeito ao ambiente natural mais próximo. Louv diz que os efeitos do transtorno da falta de contato com a natureza para os nossos filhos será um problema ainda maior no futuro. "Um ritmo crescente nas últimas três décadas, aproximadamente, de uma rápida perda de contado das crianças com a natureza tem profundas implicações, não só para a saúde das gerações futuras, mas para a saúde da própria Terra." Os efeitos transtorno da falta de contato com a natureza poderia levar a primeira geração em risco de ter uma expectativa de vida menor do que seus pais.
• Podem se desenvolver transtornos da atenção e depressão. "É um problema porque as crianças que não tiveram um contato com a natureza parecem mais propensas à depressão, ansiedade e problemas da falta de atenção". Louv sugere que ter atividade ao ar livre em contato com a natureza e ficar na calma e tranquilidade pode ajudar muito. De acordo com um estudo da Universidade de Illinois, a interação com a natureza tem provado reduzir os sintomas dos transtornos da atenção e depressão em crianças. Segundo a pesquisa, "No geral, nossos resultados indicam que a exposição a ambientes naturais nas atividades comuns após as aulas ou finais de semana pode ser muito eficaz na redução dos sintomas de déficit de atenção em crianças." A teoria da restauração da atenção desenvolve esta idéia , tanto na recuperação a curto prazo de suas habilidades, como na de longo prazo para lidar com o stress e adversidades.
• Seguindo o desenvolvimento dos transtornos da atenção e depressão e transtornos de humor, notas mais baixas na escola também parecem estar relacionados com o transtorno da falta de contato com a natureza. Louv afirma que estudos realizados na Califórnia e na maior parte dos Estados Unidos mostram que os estudantes das escolas que utilizam as salas de aula ao ar livre e outras formas de educação utilizando experiências com a natureza apresentaram significativamente melhor desempenho em estudos sociais, ciências, artes, linguagem e matemática. Fonte: Artigo Orion Magazine March/April 2007
• A obesidade infantil tem se tornado um problema crescente. Cerca de 9 milhões de crianças (6-11 anos) estão com sobrepeso ou obesos. O Instituto de Medicina afirma que nos últimos 30 anos, a obesidade infantil mais do que duplicou para os adolescentes e mais do que triplicou para crianças de 6-11 anos. Fonte: National Environmental Education Foundation
• Em uma entrevista publicada na revista Public School Insight, Louv citou alguns efeitos positivos do tratamento de transtorno da falta de contato com a natureza: “Tudo a partir de um efeito positivo sobre a atenção estendendo para redução do stress a criatividade, o desenvolvimento cognitivo e seu sentimento de admiração e de conexão com a Terra. "

A ONG No Child Left Inside Coalition (Coalizão “Não deixe as crianças dentro de casa") trabalha para levar as crianças para atividades ao ar livre e de aprendizagem ativa. A ONG espera resolver o problema do transtorno da falta de contato com a natureza. Eles agora estão trabalhando para aprovar uma lei nos Estados Unidos que aumentaria a educação ambiental nas escolas. A ONG defende que o problema do transtorno da falta de contato com a natureza poderia ser amenizado por "despertando o interesse do estudante para atividades ao ar livre" e estimulando-os a explorar o mundo natural por conta própria.
Ver:
National Geographic, Portugal, nº 67 de outubro 2006
Escrevendo sobre Parques Urbanos, Jennifer Ackerman, no seu texto Espaço para a Alma (p. 68), começa por dizer:
“Para os seres humanos, a natureza é rejuvenescedora. Afinal, a nossa espécie não floresceu num ambiente de cimento e betão, mas em florestas e pradarias selvagens. Os nossos ouvidos não foram talhados para o grito penetrante das sirenes, mas para escutar o discreto arranhar das patas de um predador e o uivo do vento a avisar mudanças de tempo. Apurámos os nossos olhos para distinguir, não os monótonos matizes de cinzento da cidade, mas as delicadas tonalidades amarelo-dourado, verde-azeitona e grenat que assinalavam a existência de fruta madura e de folhas tenras. Quanto aos nossos cérebros, desenvolveram-se para recompensar, com sensações de profundo prazer, os esforços dos nossos sentidos”.
“Um estudo sobre crimes violentos centrado num complexo residencial composto por 98 edifícios de apartamentos, demonstrou que, no interior de edifícios com vegetação próxima, desde que esta não prejudicasse a visibilidade, e nas suas redondezas, só se registaram metade dos crimes, comparativamente com áreas sem vegetação. Segundo Frances Kuo, quanto mais verde o espaço circundante, mas baixa a taxa de crimes contra pessoas e bens”(p. 70)“Investigações na área da saúde humana sugerem que até um contacto relativamente passivo com a natureza permite baixar a tensão arterial e os níveis de ansiedade” (p. 72)
“Os parques ajudarão os seres humanos a tomar conta de si próprios. Talvez as cidades não tenham de gastar tanto em serviços sociais, médicos e de segurança para resolver os problemas” (p.73)
                                              ANEXO III 
Uma cache típica é uma pequena caixa (ou tupperware), fechada e à prova de água, que contém um livro de registo e alguns objectos, como canetas, afia-lápis, moedas ou bonecos para troca.
Geocache
GPS usado no "jogo" com bússola e altímetro. A actividade de geocaching tornou-se possível devido ao fim da imposição da degradação do sinal do sistema GPS denominado Selective Availability em 1 de Maio de 2000. A primeira colocação de uma cache com auxílio de GPS ocorreu em 3 de Maio de 2000 por Dave Ulmer. A localização foi anunciada  no newsgroup sci.geo.satellite-nav. Três dias depois tinha sido encontrada duas vezes e registada uma vez.
O Geocaching tornou-se então popular, com um significativo crescimento em todo o mundo. Em 29 de Novembro de 2009 contavam-se 948 950 caches activas em 221 países. Em 31 de Dezembro de 2010 contavam-se 1 265 747 caches activas em 221 países. O que regista um aumento de 316 797 caches em pouco mais de um ano. Todos estes números são anunciados no maior site dedicado ao jogo, o geocaching.com, embora existam outras páginas dedicadas ao jogo, mas com muito menor número de registos.Geocacher é o termo usado para quem participa nesta actividade lúdica.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Geocaching


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